Acusado de abusar de menores, padre é considerado foragido em MT

O padre Nelson Koch, de 54 anos, que é acusado de abusar de crianças e adolescentes em Sinop, no norte de Mato Grosso, teve a prisão decretada na quarta-feira (16), segundo o delegado da Polícia Civil Pablo Bonifácio Carneiro, que investigou o caso. O inquérito foi concluído no dia 3 deste mês e encaminhado à Justiça. O processo é sigiloso e não dá detalhes do mandado de prisão, nem a data da expedição.

O delegado afirmou que ele é considerado foragido e está sendo procurado pela polícia.

O advogado do padre disse que ele vai se apresentar neste sábado (19) e que ele é inocente.

O padre foi indiciado por estupro de vulnerável e importunação sexual.

Nelson Koch tinha sido preso no dia 17 de fevereiro após a denúncia de uma das vítimas à Polícia Civil. Quatro dias depois ele foi solto. Agora, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu novamente a prisão dele.

O inquérito policial aponta um ou mais indícios de que ele cometeu o crime. Nove pessoas foram ouvidas durante as investigações da Polícia Civil em Sinop, entre elas cinco vítimas.

Uma das vítimas relata que sofreu abusos quando tinha 9 anos. Os pais dele e o padre eram amigos. Em confiança, os pais deixavam ele e o irmão mais novo na casa do padre quando participavam de festas na paróquia.

“Nesses momentos que a gente ficava lá, o padre tinha comportamentos, vamos dizer assim, brincadeiras que na época não via com malícia. Eram carícias, de ficar colocando no colo, ficar deitando e me deitando por cima, chamar para um quarto para deitar na cama. Na primeira eucaristia você tem aquela primeira confissão que você faz com um padre. Eu estava nervoso em um nível absurdo. Não conseguia falar", disse a vítima, que não quis se identificar.

O rapaz conta que a primeira coisa que o padre perguntou durante a confissão, era se ele lembrava das "brincadeiras" feitas.

"Eu me recordei e isso me causou uma sensação terrível, uma mistura de medo e raiva. Contei para os meus pais sobre isso e não culpo muito eles, mas ficaram com medo de levar essa história para a frente, de ir em uma delegacia ou fazer alguma coisa”, relata.

Fonte: G1MT

Categoria:Notícias

Deixe seu Comentário