Galvan nega financiar atos e tenta derrubar decisão: “Arbitrária”

Presidente da Aprosoja Brasil, o produtor rural de Mato Grosso Antônio Galvan negou que tenha financiado algum ato contra a democracia programado para o feriado do dia 7 de setembro. Galvan ainda negou que a manifestação atente contra o regime democrático.

 Ele prestou depoimento na tarde de quarta-feira (25) à Polícia Federal em Brasília no inquérito sobre atos violentos e ameaça à democracia. 

A investigação foi aberta pelo ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou busca e apreensão na casa de Galvan no último dia 20 de agosto.

“Ontem deixei claro a forma que são feitas essas arrecadações. É espontâneo de cada um. Cada um ajuda um pouco e se faz um caixa para pagar esses movimentos, como ônibus e alimentação”, afirmou. 

“Nunca contribuí de maneira nenhuma. Por mais que sou produtor rural e possa contribuir com R$ 5 mil do meu próprio bolso, como muitos contribuíram. Não contribuí com isso. Minhas contas estão abertas para Justiça”, completou.

Deixei claro a forma que são feitas essas arrecadações. É espontâneo de cada um. Cada um ajuda um pouco

Galvan também negou que o Movimento Verde e Amarelo, do qual faz parte , tenha aberto um Pix para receber doações para financiar a manifestação.

Em entrevista coletiva online na manhã desta quinta-feira (26), Galvan afirmou que “foi colocado” dentro do inquérito por aparecer ao lado do cantor Sérgio Reis em uma reunião que ocorreu na Aprosoja Brasil neste mês. 

Na ocasião, o músico anunciou que os produtores de soja e caminhoneiros iriam dar 72 horas para o Senado atender suas reivindicações, sob ameaça de uma paralisação nacional das estradas e até invasão do Congresso Nacional.

“A gente recebeu [o Sérgio Reis], falamos sobre diversos assuntos durante nossa assembleia. Nada relevante no sentido de 7 de setembro. Foi um surgimento que acabaram me jogando dentro disso”, afirmou.

Decisão arbitrária

O dirigente rural completou dizendo que se sente “indignado” por não ter acesso ao inquérito que levou aos mandados de busca e apreensão. 

Para isso, afirmou que sua defesa entrará com pedido para anular a decisão de Moraes, que classificou como “arbitrária”.

“O que nos deixa indignado é que não temos acesso ao inquérito. Não fizemos nada de ilícito, ou foi falado qualquer coisa que não seja dentro da legalidade. O ato de 7 de setembro será como foi o manifesto de 15 de maio, que à época teve mais de 100 mil pessoas”.

Fonte: Midianews



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