Peixoto de Azevedo: Irmã de jornalista morto desabafa: “Nossa família está acabando”
A morte do jornalista Ediney Menezes, de 44 anos, foi mais uma entre as três que ocorreram na família desde o início do ano, segundo a irmã da vítima Socorro Menezes. O cenário é de desolação entre os parentes.
O comunicador foi assassinado com três tiros na cabeça no último domingo (15), em Peixoto de Azevedo (672 km de Cuiabá), onde morava desde os 7 anos.
Porém ele não é o primeiro irmão da família assassinado neste ano. Em janeiro, outro irmão, Luiz Carlos Menezes, de 45 anos, foi morto com 12 tiros. Assim como Ediney, Luiz Carlos também foi executado por dois homens em uma moto.
“A nossa família está totalmente abalada. Esse ano foi muito horrível”, confessou a irmã.
Entre a morte de Luiz Carlos em janeiro e a do jornalista, a família também perdeu a avó, segundo Socorro.
“No meio disso, a gente perdeu a minha avó e depois foi o Ediney. A nossa família está se acabando. Estamos muito abalados com tudo”, relatou chorando ao telefone.
O jornalista
Ediney, de acordo com relato da irmã, estava se recuperando do término do casamento de 12 anos, que o deixou depressivo.
“Ele ficou abalado, entrou em depressão, falava em se matar. Ele estava mal mesmo. Ultimamente, tinha melhorado, não sofria tanto quanto antes. Estava mais calmo”, contou.
Nesse tempo, o jornalista também saiu do emprego de repórter na TV Miragem e começou a trabalhar em outras áreas até começar a atuar na assessoria de imprensa da Prefeitura.
Com o período eleitoral, Ediney passou a atuar na campanha do atual prefeito de Peixoto, Maurício Ferreira, que conseguiu se reeleger.
“Ele abraçou mesmo a campanha do prefeito que foi reeleito. Vestiu a camisa. Fez uma boa campanha mesmo”, relatou a irmã.
De acordo com Socorro, Ediney era o membro mais correto da família e ela disse que ficou surpresa com a morte brutal que ele sofreu.
“Ele sempre foi uma pessoa certa. A gente não entende o que aconteceu. Ele era o certinho da família. A gente nunca esperava isso”, afirmou.
Socorro reconheceu que o irmão não era querido por algumas pessoas por conta da sua profissão, mas garantiu que ele buscava não se envolver em brigas.
Ela espera que a Justiça seja feita e busca por uma explicação para o assassinato do irmão.
“Esperamos a Justiça. Queremos saber pelo menos o porquê de isso ter acontecido. A gente não tem noção nenhuma, não sabe os motivos”, finalizou.
O assassinato
O jornalista estava dentro do seu carro, um HB20 preto, parado em um cruzamento. Enquanto esperava um amigo que foi urinar em um terreno baldio, Ediney usava o celular.
Uma dupla em uma moto, então, se aproximou do veículo da vítima e, de repente, o garupa atirou contra Ediney.
O comunicador morreu na hora e os criminosos fugiram em seguida.
Conteúdo: Midianews