4ª noite de protestos nos EUA por morte de George Floyd deixa mortos e centenas de detidos
Um jovem de 19 anos e um agente federal morreram e centenas de pessoas foram presas nos Estados Unidos entre a noite de sexta-feira (29) e a manhã deste sábado (30). As mortes e as prisões ocorreram durante a quarta noite de protestos contra a morte de George Floyd, homem negro que foi asfixiado por um policial branco e depois morreu em Minneapolis na segunda-feira (25).
O Cirurgião-Geral dos EUA (cargo oficial cuja indicação cabe ao presidente), Jerome Adams – que é negro –, declarou que "não há uma receita fácil para curar a nossa nação". Também afirmou que os Estados Unidos "precisam reconhecer o impacto do racismo na saúde".
"Se as pessoas não conseguem se curar, a dor inevitavelmente acha uma saída", declarou Adams no Twitter. "É por isso que temos que reconhecer e abordar o impacto do racismo na saúde – ele afeta tudo, desde a mortalidade infantil e materna até o uso de drogas e o risco de sofrer violência".
Mortes em protestos
A primeira morte relatada durante os atos de sexta foi a do jovem de 19 anos. Ele foi atingido depois que uma pessoa passou atirando de dentro de um carro contra uma multidão que protestava no centro de Detroit, no Michigan. A polícia ainda não sabe se ele fazia parte dos protestos.
O segundo caso foi o de um agente federal que morreu depois de ser baleado durante as manifestações em Oakland, perto de San Francisco, na Califórnia. Um segundo agente foi atingido, segundo a polícia, mas sobreviveu.
De acordo com as autoridades, 7,5 mil pessoas participaram das manifestações em Oakland; houve prisões, mas o número de detidos não foi informado. Houve relatos de vandalismo, roubos, incêndios e ataques a policiais, diz a CNN.
Em Nova York, "dúzias" de pessoas foram presas, mas os protestos foram acalmados, informou a polícia.
Em Lincoln, no estado de Nebraska, os protestos da noite de sexta-feira continuaram até a manhã deste sábado; também houve prisões.
Em Portland, no Oregon, oeste do país, a prefeitura declarou estado de emergência. Um toque de recolher foi decretado até as 10h (horário de Brasília) deste sábado e depois, de novo, a partir da meia-noite até as 10h de domingo (31).