Mochileiro mato-grossense chega ao Alasca depois de percurso de bicicleta e de carona
O mato-grossense Gabriel Dias da Silva conseguiu cumprir o objetivo de chegar ao Alasca. Ele chegou ao último país da América do Norte no sábado (8), após percorrer mais de 80 mil km em quase dois anos e meio e passar por 22 países.
O mochileiro, conhecido como 'Gabriel Viajou' nas redes sociais, começou a viajar em 24 de agosto de 2017 após sair de casa, em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá.
Gabriel contou ao G1 que chegou ao Alasca no sábado e ficou isolado por dois dias, pois não passou nenhum motorista na estrada. Ele disse que andou cerca de 50 km a pé até encontrar alguém.
Ele sempre teve vontade de viajar. O Alasca não era o destino principal, mas era o lugar mais longe que poderia ir em terra sentido a América do Norte.
Quando viajava de bicicleta, ele percorreu alguns países na América do Sul até a Venezuela e depois retornou ao Brasil por causa de problemas pessoais e recomeçou com caronas.
Foram em torno de 6 mil km de bicicleta e mais de 500 caronas ao longo da viagem.
Gabriel Dias viajou por mais de 20 países de carona até chegar no Alasca
Para pagar despesas com alimentação e hospedagem, ele fazia trabalhos voluntários e também ganhava comida de moradores dos locais onde passava.
Na época em que decidiu se afastar da empresa da qual era proprietário vendeu alguns pertences e, com R$ 3 mil e uma mochila contendo alguns alimentos e roupas, pegou a primeira carona na MT-170.
Gabriel era dono de uma empresa de produtos de informática. Também teve uma corretora de imóveis e uma distribuidora de cereais. Ele ainda contou que na fronteira com o Alasca ele teve que mentir que ainda era empresário para poder entrar no país.
A empresa dele está inativa desde quando começou o mochilão de viagem pelas Américas.
“Viajando por dois anos e passando por todos esses países eu percebi que a pobreza é impressionante. É muito triste ver as pessoas passando necessidade enquanto outras têm muitas coisas. E os Estados Unidos então, que todos pensam que não existe pobreza, há muito”, declarou Gabriel.
Questionado sobre o qual o próximo passo depois de conquistar o sonho, ele disse que não tenho visto de trabalho para fazer voluntariado em troca de hospedagem e alimentação. Gabriel disse que pretende fazer adesivos ou materiais com a história e registros da viagem para vender.
O viajante disse que durante todo esse tempo viajando, aprendeu que ‘loucura’ é não realizar sonhos. Entre as caronas, Gabriel andou de bicicleta, moto, carro e barco e sempre com uma mochila nas costas e gravando a viagem quando conseguia.
“Dizem que sou louco por estar fazendo essa viagem, mas digo que loucura é ir para o cemitério sem viver os seus sonhos. Eu era muito ansioso e vivia sempre no amanhã, agora eu vivo no presente. O presente é o único lugar que você pode ser realmente feliz. É uma coisa inexplicável, você não pode ser feliz no passado e nem no futuro, só no presente”, disse o mochileiro.
Gabriel conheceu vários lugares. Para se comunicar, ele utilizava a linguagem de sinais e aos poucos conseguia se comunicar.
Saiba mais clicando neste link:
https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2020/02/11/mochileiro-mato-grossense-chega-ao-alasca-depois-de-percurso-de-bicicleta-e-de-carona.ghtml