Maia volta a criticar Weintraub: 'Ministro da Educação atrapalha o Brasil' e é um 'desastre'

    O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), voltou a criticar nesta quinta-feira (30) o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmando que o ministro "atrapalha o Brasil".

    "O ministro da Educação atrapalha o Brasil, atrapalha o futuro das nossas crianças, está comprometendo o futuro de muitas gerações. Cada ano que se perde com a ineficiência, com um discurso ideológico de péssima qualidade na administração, acaba prejudicando os anos seguintes. Mas quem demite e quem nomeia ministro é o presidente", afirmou Maia após participar de um evento sobre economia e as reformas necessárias ao país em São Paulo.

    As críticas de Maia ocorrem após problemas na divulgação de resultados das provas do Enem e no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

    "Ele é um desastre, acho que atrapalha o futuro de milhões de crianças. A situação é grave. Mas se vai demitir ou não, eu não tenho preocupação com isso. Este não é o meu papel. Perguntaram minha opinião e eu falei", disse Maia.

    Maia já havia criticado Weintraub e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na quarta-feira (29), após deixar um evento com economistas, investidores e representantes do poder público, também em São Paulo.

    Na quarta, o presidente da Câmara havia comentado que Salles não tinha mais condições de "ser o interlocutor". No dia seguintes, entretanto, mudou um pouco o tom.

    "É claro que o ministro do Meio Ambiente é diferente do ministro da Educação. No ano passado, ele radicalizou com setores do meio ambiente, mas ele é um quadro de muita qualidade. Eu gosto dele, tenho uma boa relação com ele. Apenas acho que ele conduzir a situação, para ele restabelecer o diálogo, não será algo simples. Mas não sou eu quem vai demitir ministro ", afirmou Maia nesta quinta.

    Reformas

    Durante o evento, Maia afirmou também que o Congresso está preparado para votar e aprovar, ainda em 2020, as reformas administrativa e tributária.

    "O Parlamento está preparado para a gente continuar votando. O que a gente precisa é organizar as maiorias para que a gente possa aprovar na Câmara e no Senado todas essas matérias. É muita coisa? É. Por que eu digo que acho que a [reforma] tributária vota antes? Porque a tributária já está sendo tratada, como a Previdência já estava sendo tratada, no último governo do presidente Michel Temer", disse o presidente da Câmara.

    "É um somatório de informações que vão sendo acumuladas pelos parlamentares, que vão formando a compreensão de que aquilo é urgente. Não acho que é grave dois meses de atraso, 30 dias de atraso, o que a gente precisa construir em 10/20 anos. Mas, de fato, a administrativa não chegou, quando chegar [procedente do Executivo], nós vamos dar prioridade à administrativa", completou.

    "A minha opinião é que a gente tem todas as condições de no ano de 2020 ter esses dois temas aprovados."

Fonte: G1


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