Com staff todo sorrisense, curta aborda o período da escravidão no Brasil
“O Mato Escravo”, o curta que será lançado no próximo sábado (1º) é uma produção genuinamente sorrisense. Diretor e atores são “pratas da casa”. Mas, mais do que isso, O Mato Escravo leva para o cinema um pouco do ambiente do município ao ser gravado no próprio Parque Ecológico Claudino Francio.
A obra tem como pano de fundo a escravidão. Os dez minutos do curta contam a história de Francisco, um escravo fugitivo que tem em seu encalço os “homens do mato”, enviados por sua “proprietária”, uma mulher cujo caráter verdadeiro é cheio de nuances entre o temor a Deus e a sede de vingança na busca pelo fugitivo.
O diretor do curta, Salles Fernandes, conta como surgiu esse projeto. Salles destaca que a ideia nasceu após uma conversa com integrantes da Associação Ribalta Sorrisense há dois anos atrás, em 2018. “Eles relataram o sonho de viver uma experiência cinematográfica. Quando me procuraram, queriam filmar algo impactante e que tivesse uma mensagem forte para o espectador”, diz Fernandes. Após a conversa inicial, o diretor conta que montou o roteiro do curta. “Era tanta empolgação que montei em uma única tarde. Daí para filmar foi o tempo de alinharmos as agendas”, acrescenta.
O curta é estreado pelos atores Ney Miguins (Francisco), Francisco Guimarães, Gleison Knups, Lucinir Cioato e com a participação especial da atriz Bárbara Hoffmann. Dos cinco atores, quatro deles, Ney, Francisco, Lucinir e Bárbara, integraram o projeto “MT Escola de Teatro” desenvolvido no segundo semestre de 2017 em parceria pela Prefeitura Municipal de Sorriso e o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Cultura (SEC), em parceria com a Associação Cultural Cena Onze e Associação dos Artistas Amigos da Praça Adaap (SP). Bárbara, Francisco e Lucinir também integram o quadro de servidores públicos da Prefeitura Municipal.
O envolvimento dos sorrisenses com a sétima arte é tanto que foram os próprios atores e o diretor que arcaram com os custos. Já entre o processo de filmagem e finalização, foram necessários apenas quatro dias. E o sonho? “A sintonia foi tão grande que agora o sonho é reunir todo mundo e filmar um longa”, destaca o diretor.
Já quando questionado sobre o futuro do curta, Salles destaca que toda a renda adquirida com o filme será revertida para a Associação Ribalta Sorrisense, que por sua vez irá inscrevê-lo em festivais de cinema “e então vamos torcer os dedos e esperar que o nome de Sorriso e O Mato Escravo cativem jurados país afora”, diz.
Até lá, Salles convida a população para acompanhar a primeira exibição do curta no próximo sábado, às 20 horas no Centro de Eventos Ari José Riedi. “A exibição será gratuita. Convidamos a população a prestigiar o nosso trabalho”, pontua.
Serviço:
O que: primeira exibição do curta “O Mato Escravo”
Local e data: 1º de fevereiro, às 20h, Auditório Farroupilha no Centro de Eventos Ari José Riedi, espaço 288 pessoas.
Entrada franca.
Salles Fernandes tem no currículo dois curta-metragens: Odarre (2002) e Sou Brasileiro (2008).